No decorrer dos últimos anos, os tratamentos oncológicos evoluíram muito. Passamos a ter recursos terapêuticos personalizados e mais assertivos contra cada tipo de tumor.
Na grande maioria das vezes, conseguimos aumentar significativamente a resposta ao tratamento oncológico, com melhora significativa na expectativa e qualidade de vida. Apesar de serem muito mais efetivas e com menos efeitos colaterais de forma geral, estas terapias podem afetar a pele de forma bastante significativa, causando importantes efeitos colaterais sobre ela.
Estes efeitos colaterais, muitas vezes são tão graves, que o oncologista se vê, muitas vezes forçado a interromper o tratamento proposto e ter que recorrer a outras alternativas terapêuticas. A síndrome mão-pé ou eritrodisestesia palmoplantar , é um destes efeitos colaterais.
Ela se caracteriza, por provocar dor e formigamento nas mãos e pés, seguido por vermelhidão na região. Isto pode ocorrer logo nos primeiros dois ciclos de terapia. Geralmente é acompanhado por bolhas que ressecam e descamam afetando toda a palma da mão e planta dos pés. Podem ocorrer rachaduras e sangramento associados.
Este tipo de efeito colateral é visto frequentemente em pacientes que fazem uso de capecitabina, uma droga muito usada em casos de câncer de mama e colón.
Quando a dose de tratamento é diminuída ou interrompida, há melhora das lesões. Elas podem reaparecer no próximo ciclo de medicação, se a terapêutica oncológica for mantida e não seja instituído, de forma imediata, tratamento de suporte dermatológico adequado.
Informe seu oncologista o mais rápido possível, caso você identifique alguma destas alterações, para que ele possa te encaminhar ao dermatologista de sua equipe multidisciplinar. Com a prevenção e manejo adequado dos efeitos colaterais sobre a pele, você terá maior adesão ao tratamento oncológico proposto, diminuição do grau de sofrimento e melhor qualidade de vida!
Não hesite em pedir ajuda!